segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Continua aumentando número de pessoas que moram sozinhas no Brasil

Resultados  divulgados do censo 2010 mostram o aumento do número de domicílios unipessoais no país. Em 2000 este número representou 8,6% dos domicílios e no último censo, subiu para 12,1%, totalizando quase 7 milhões de pessoas residentes sozinhas no país.

A notícia tem sido veiculada na mídia, apontando algumas tendências: 

- Aumento do número de divórcios e separações
- As pessoas estão mais individualistas 
- Aumento do número de idosos/as no país
- Diminuição do número de membros da família brasileira

Jornal Nacional:

Cada Minuto/Alagoas


Outras tendências tem sido trazidos pelos/as participantes do estudo de tese sobre "Solteirice" em Salvador:

- Independência financeira e autonomia perante a família de origem
- Possibilidade de desfrutar da liberdade que inclui poder organizar a casa e a rotina conforme vontade pessoal
- A busca de privacidade
- Possibilidade de manter manias pessoais




Por que morar só e estar solteiro/a em Salvador?

No 16o. Encontro da Associação Brasileira de Psicologia Social realizado na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife entre os dias 12 e 15 de novembro deste ano, foi apresentada análise preliminar do estudo de tese sobre a "solteirice" em Salvador. 

No Encontro foram discutidos os motivos declarados pelas pessoas por estarem sós - solteiras e morando sozinhas. Interessante observar como a liberdade atrelada a independência e autonomia que caracterizam a vida de solteiro/a para os/as participantes do estudo até o momento, caminha junto com a busca de uma "pessoal ideal" e uma "relação ideal". Mas, dizer que está só porque "não encontrou a pessoa certa" ou a "relação certa" é uma resposta dada porque é aceitável socialmente? E em que medida as pessoas estão dispostas a abrir mão da liberdade de uma vida só para se engajar em uma relação mais estável? 

Acesse o trabalho completo no link: 



Para conhecer mais sobre a Associação Brasileira de Psicologia Social, acesse:

www.abrapso.org.br



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Questionário online para participação em estudo de tese sobre a solteirice em Salvador

O questionário para participação na pesquisa está disponível aqui:

questionário


Participam da pesquisa homens e mulheres independente da orientação sexual, que atendam os seguintes critérios:
- ser solteiro(a), ou seja, não conviver maritalmente, pondendo já ter sido casado(a) formal ou informalmente, e pode ter namorado(a)
- ter idade mínima de 30 anos
- morar sozinho(a) em Salvador


Colaborem com a pesquisa!!


Mais informações aqui no blog e pelo email pesquisa.solteirice@gmail.com





domingo, 11 de setembro de 2011

Salvador, a capital da "solteirice"

Confiram um pequeno artigo que escrevi para o site Aldeia Nagô

http://www.aldeianago.com.br/content/view/5318/3/


Salvador, a capital da “solteirice”
por Darlane Andrade*


No último censo do IBGE (2000), Salvador foi apontada como a capital da "solteirice" do país, com cerca de 45% da população acima de 18 anos vivendo na condição de solteira. De lá para cá, algumas pesquisas têm procurado compreender a realidade das pessoas solteiras também em outras cidades do país. O que chama atenção não é somente o aumento do número de pessoas solteiras, mas também das que moram sozinhas e como esta combinação tem sido vista com bons olhos: não mais "ficaram para titia" nem estão vivendo uma vida solitária e infeliz. Pelo contrário, homens e mulheres adultos solteiros e que moram sozinhos vivem uma "solo life" movimentada pelas atividades de trabalho, lazer, pelos encontros com amigos e amigas e não deixam de ter uma vida afetiva e sexual ativa pelo fato de não estarem casados(as). Diversos e diferentes são agora os estilos de se relacionar e também de vivenciar a "solteirice", que vão depender do que cada pessoa elege para si, dentro das suas possibilidades.

A cidade tem ofertado uma série de serviços que favorecem as pessoas a levarem uma vida com praticidade, que é o que muitos solteiros e solteiras procuram, desde uma moradia que ofereça serviços diversos e necessários (lavanderia, boa área para prática de esporte e para lazer, etc.), até as lojas 24 horas e os locais de lazer propícios para pessoas de diferentes idades e estilos. Há quem reclame que na cidade em termos de vida noturna, não há tantos bares e boates para quem já passou dos 30 anos, o que em parte é uma verdade porque muitos destes locais são comumente freqüentados por pessoas mais jovens. No entanto, há diversas atividades culturais, alguns bares e boates onde costumam freqüentar adultos mais maduros, principalmente durante a semana. 

Não somente por Salvador ser uma cidade conhecida pelo Carnaval que já traz em si um clima de paquera e diversão para pessoas solteiras, mas por ter uma característica dinâmica que proporciona a convivência de diversos estilos de pessoas, tanto aquelas que vivem a vida de solteira "badalando" na noite, como as pessoas mais caseiras ou as que adoram viajar e viver diversas aventuras. E para conhecer e compreender diferentes modos de viver esta chamada "solteirice" nesta cidade, tenho feito uma pesquisa focando em adultos pertencentes à classe média baiana. 

A pesquisa está em andamento e para participar a pessoa deve ter idade mínima de 30 anos, ser solteiro(a), ou seja, não estar em uma relação de casamento (formal ou informal) e morar sozinho(a) em Salvador. Interessados(as) em participar e/ou indicar pessoas para o estudo, enviar email para pesquisa.solteirice@gmail.com Notícias sobre o andamento do estudo e  acesso a publicações sobre o tema no blog: solteirice-salvador.blogspot.com Colaborem para conhecermos mais sobre os modos de viver a "solteirice" em Salvador! 

(*) Psicóloga, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo na Universidade Federal da Bahia (PPGNEIM/UFBA). Contato:pesquisa.solteirice@gmail.com

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Por onde circulam os solteiros e as solteiras em Salvador?

"POR ONDE CIRCULAM OS SOLTEIROS E AS SOLTEIRAS EM SALVADOR? ESPAÇOS DE LAZER E SOCIABILIDADES NA CIDADE" . Este será o tema do trabalho da pesquisa sobre "solteirice" que será apresentado no dia 6 de setembro às 14hs no II Seminário Enlaçando Sexualidades - Direito, Relações Etnorraciais, Educação, Trabalho, Reprodução, Diversidade Sexual, Comunicação e Cultura. O seminário acontecerá no Centro de Convenções em Salvador, entre 4 a 6 de setembro. 

Mais informações no site: http://enlacandosexualidades.wordpress.com/


Confira a proposta da apresentação:

Esta apresentação traz reflexões a partir de resultados preliminares do estudo de doutorado sobre a “solteirice” na contemporaneidade que vem sido desenvolvido no PPGNEIM/UFBA desde o ano de 2008. O estudo adota uma perspectiva feminista, tendo, portanto, caráter interdisciplinar e utiliza gênero como a principal categoria de análise. A partir de uma abordagem combinada que utilizou grupos focais e questionários, trarei dados sobre modos de vivenciar a “solteirice” em uma amostra total de 38 pessoas de ambos os sexos, solteiros/as de diferentes orientações sexuais, adultas/os, de classe média que moram sozinhas/os em Salvador. O foco aqui será dado às principais atividades de lazer e formas de sociabilidade em espaços na cidade frequentados predominantemente por pessoas solteiras, atentando para as relações estabelecidas nestes espaços, assim como as proximidades e diferenças no que se refere aos marcadores de gênero, classe, idade/geração, orientação sexual e raça/etnia. Para tanto, além dos instrumentos utilizados, foram feitas observações em diferentes espaços de lazer na cidade, tais como bares, praias, diferentes espaços no Carnaval, shoppings e boates, referidos pelos/as participantes do estudo e pela literatura. Os resultados preliminares mostram aspectos das práticas de sociabilidade e modos de viver da classe média soteropolitana, as funções dos espaços de lazer em termos de manutenção de relações de amizade e exercício da sexualidade em encontros amorosos fortuitos e/ou a busca de relações mais estáveis para os/as solteiros/as, as performances de gênero nestes espaços e dentre outras questões, as segregações visíveis nos espaços que dividem pessoas solteiras e casadas, heteros e LGBTT, pessoas jovens e maduras/os, negros/as e brancos/as, que no movimento de ocupação dos espaços, constroem territórios próprios e criam códigos de sociabilidade.




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MAIS NOTÍCIAS SOBRE CIRCUITOS DE SOLTEIROS/AS EM SALVADOR

Para saber mais onde circulam pessoas solteiras na cidade, indico o site do ALDEIA NAGÔ, onde são divulgadas notícias sobre o que acontece na cena cultural de Salvador como destaque para os circuitos alternativos!



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A PESQUISA CONTINUA!!!!

No momento estamos colhendo mais dados sobre modos de viver a "solteirice" na cidade, utilizando questionários. Interessados(as) em colaborar, enviar email para pesquisa.solteirice@gmail.com

Obrigada!





sábado, 20 de agosto de 2011

Retratos da "solteirice"

No dia 15 de agosto, a uol publicou fotos que retratam a "solteirice" no país! Foram várias as pessoas - inclusive eu! - que enviaram retratos do que consideram expressar sua condição de solteiro(a). 

As fotos mostram representações positivas da "solteirice" no país para homens e mulheres de diferentes idades e diferentes regiões do Brasil. Liberdade para poder viajar, ter independência, frequentar festas, se divertir, se sentir livre, poderoso/a e feliz são algumas das principais representações trazidas também nas frases que os/as internautas postaram.

"Marcio Chamlet, de 40 anos, é morador de São Paulo e diz: "Sou solteiro, mas sou feliz"

"Magali Cunha Machado diz que sua felicidade não está nas mãos de ninguém e, por isso, mesmo solteira ela é feliz. Ela tem 48 anos e mora em São Roque (SP)"

"É bom ficar soltinha", diz Mariane Suzarte, 28 anos, de Feira de Santana (BA)"

"Kelvin Alves do Nascimento mandou uma foto de um beijo. "Para provar que estar solteiro é bom e às vezes muito divertido", diz"




Confiram as fotos e frases no link:


http://estilo.uol.com.br/album/dia_do_solteiro2011_album.htm#fotoNav=67




quinta-feira, 11 de agosto de 2011

15 de agosto, dia dos/as solteiros/as

Promoção da UOL para o dia dos/as solteiros/as


"A fila anda. É o que as pessoas costumam dizer por aí logo após a fase do luto, vivida depois do término de um relacionamento amoroso. Mas, muitas vezes, um novo namoro não faz parte dos planos dos recém-solteiros: eles querem ficar soltinhos e felizes consigo mesmos. E 15 de agosto é a data em que se comemora o Dia do Solteiro.

Se você está nesta fase , mas não deixa de se divertir e aproveitar a vida, o UOL Comportamento tem uma proposta para você: mande uma foto com o tema "Sou solteiro, mas sou feliz" e mostre para todo mundo que é possível estar bem mesmo sem estar namorando ou casado. Pode ser uma foto só sua, com seus amigos, com um bicho de estimação ou até com a antiga paixão, que agora não passa de uma pessoa amiga.
Além da foto, conte-nos, em uma frase, o motivo de tal felicidade. As imagens podem ser enviadas até o dia 11 de agosto de 2011 para vocemanda@uol.com.br, informando seu nome completo, idade, cidade, telefone de contato (apenas para controle interno da redação) e o nome das pessoas que estão na foto.

Atenção: poderão participar apenas pessoas com 18 anos ou mais. 

As melhores imagens serão publicadas em uma galeria de fotos, em UOL Comportamento, no dia 15 de agosto, no do Dia dos Solteiros"

Publicado no link:


segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dando voz à diversidade: estudo sobre pessoas solteiras de classes médias em Salvador

Verifiquei no site da UFBA e minha dissertação com a pesquisa sobre Solteirice, realizada em 2007 está disponível em versão online no seguinte link, para quem quiser ter acesso:


http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_arquivos/61/TDE-2011-01-19T080931Z-2106/Publico/Dissertacao%20Darlane%20Andradeseg.pdf

Resumo: Nesta dissertação interessou-nos aprofundar, desde uma perspectiva de gênero e de modo exploratório, em que medida o contexto de transformações globais que caracteriza a contemporaneidade estariam incidindo, influenciando ou impactando na configuração de novos estilos de vida, relacionamentos amorosos e identidades de pessoas solteiras de classes médias residentes em Salvador, na Bahia. O estudo utilizou uma abordagem qualitativa para analisar os dados colhidos através da combinação de instrumentos de entrevista, histórias de vida e observação de campo, em uma amostra de vinte pessoas com idades entre 23 e 46 anos, de diferentes orientações sexuais, naturais de Salvador e migrantes. Todos moram em bairros de classe média, são graduados e exercem atividade remunerada; quinze pessoas não têm parceiro/a fixo e cinco namoram. Os achados apontam para estilos de vida onde o trabalho é prioridade, busca-se em diversas atividades sociais o bem estar pessoal, havendo flexibilidade na rotina; estão conectados a redes sociais diversas onde as amizades têm uma função importante com valor equivalente aos familiares. Nas práticas e nas experiências relacionais, estão o “ficar”, o namoro e as relações mediadas pela internet, onde se encontram elementos como a velocidade, a descartabilidade, o individualismo, a autonomia, a flexibilidade nas relações de gênero, o rompimento com tradições do casamento, convivendo com crenças mais convencionais. As identidades tendem a ser flexíveis para mulheres “independentes”, “autônomas” e para os homossexuais, do que para os homens heterossexuais. A convivência entre antigos estereótipos e novas construções de gênero é possível na contemporaneidade, onde a diversidade é contemplada.


Palavras-chaves: relações de gênero, pessoas solteiras, identidade, contemporaneidade


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Sociabilidade entre pessoas solteiras homo e bissexuais em Salvador

Espaços de lazer e territórios por onde circulam solteiros e solteiras homo e bissexuais em Salvador foi tema discutido no "Seminário Internacional Fazendo Gênero", na Universidade Federal de Santa Catarina, em 2008.

A apresentação neste Seminário descreveu as principais redes de relações entre gays, lésbicas e bissexuais participantes da amostra do estudo de mestrado (ANDRADE, 2007), como as de amizade e as relações afetivo-sexuais que são iniciadas e/ou mantidas nos espaços de lazer. Estes espaços não são neutros do ponto de vista de gênero, orientação sexual, geração e classe social, e neste sentido, as segregações são visíveis na cidade.

O texto apresentado pode ser acessado no link:

Sexualidade e relações de gênero entre pessoas solteiras

O tema sexualidade e gênero entre pessoas solteiras foi apresentado no evento "Fazendo Genero" em 2010 na cidade de Florianópolis, trazendo reflexões sobre resultados preliminares do estudo de tese sobre "solteirice", a partir dos dados colhidos nos grupos focais.

O texto apresentado no evento se encontra na íntegra, nos anais eletrônicos. Confira.


http://www.fazendogenero.ufsc.br/9/resources/anais/1278269135_ARQUIVO_textocompletoparafazendogenero_solteiros.pdf

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Semana para solteiros/as nos EUA 18 a 24 de setembro

Sei que ainda não estamos em setembro, mas encontrei um artigo interessante que fala da semana que se comemora a "solteirice" nos Estados Unidos. Mas por que esta não é uma data significativa? Ninguém recebe os parabéns por estar solteiro(a), não recebem cartões no dia do solteiro, nem presentes, nada... Mas piadinhas e aquelas perguntinhas básicas como "Cadê o amor?", "Quando você se casa?", "Já está passando da hora de casar!", etc, etc., não deixam de existir! Apesar das significativas transformações sociais e de estarmos convivendo com uma enorme diversidade de formas de viver e de se relacionar, ainda assim, a solteirice não é destacada como uma condição que pode ser uma forma de viver (e de viver bem!)

Mais informações sobre Unmarried and Single people in America, no site

domingo, 8 de maio de 2011

"Points" para solteiros/as em Salvador

A capital da Bahia é considerada a cidade mais "solteira" do país: 45% da população com idade acima de 18 anos está solteira (IBGE,2000). 

Por onde circulam as pessoas solteiras na cidade "do Carnaval"?

Os espaços de socialização para pessoas solteiras na cidade são (aparentemente) diversos: bares, boates, barracas de praia (quando havia barracas!), restaurantes, teatros, muitos shows, eventos culturais, etc! Digo "aparentemente" porque solteiros e solteiras acima dos 30 anos de idade muitas vezes se deparam com opções de lazer limitadas já que há prevalência de um público mais jovem na maioria dos locais de lazer na cidade. 

E por onde circulam solteiros e solteiras acima de 30 anos?

Os espaços e atividades de lazer escolhidos pelos solteiros e solteiras vão depender do estilo de vida que cada um/a leva! 

Os "cults" preferem ir ao teatro no Castro Alves, teatro Jorge Amado,etc; Cinema como o Cinema do Museu, o Cine Unibanco, o cinema no Pelourinho, o Cine Ufba. Há exposições culturais no MAM e outros museus da cidade, etc, etc..

Os "badaladeiros" curtem os bares e boates que estão na "moda" na cidade. Há vários bares no Rio Vermelho, Pituba, Jardim Brasil, Itaigara por onde circulam pessoas solteiras acima de 30 anos. Alguns são os bares estilo pubs com música ao vivo ou Dj: 30 Segundos, Twister, o Leopoldina e o Grove Bar são alguns dos preferidos dos/as solteiros/as durante a semana - quarta e quinta-feira são os melhores dias para se ver pessoas acima de 25, 30 anos nestes lugares. Não há muitas boates na cidade. A preferida ainda é a "alternativa" Borracharia que sempre é opção para quem quer animação até a madrugada (porque em Salvador estes lugares fecham cedo). Há a Club Ego que é um lugar mais sofisticado e as boates GLS San Sebastian e Off, que oferecem ótima música e a animação a noite inteira!

Os "naturebas" curtem programas ao ar livre. E na cidade o que não falta é praia (falta barraca de praia, mas praia não!) Muitas são as pessoas que surfam, ou praticam outro tipo de esporte como lazer. Quem "pode mais" passeia de lancha, veleja, viaja de cruzeiro! Outro destino escolhido é a Chapada Diamantina. Na Bahia inteira o que não faltam são lugares bonitos para passear!

A idéia de que todas as pessoas solteiras são badaladeiras, gostam de sair todos os dias, nem sempre se aplica, porque são muitas as  que apreciam ficar em casa, ler livros, ver filmes, e fazer reuniões, jantares, churrasco com amigos/as, etc. Há também quem prefira investir em viagens dentro e fora do país e não sair muito em Salvador. Enfim, a vida de solteiro/a pode ser tão diversa como divertida de várias maneiras!

Para saber mais sobre lugares de lazer na cidade, há sites informativos como o www.ibahia.com

Todo ano a revista Veja publica em "os melhores da cidade", informes sobre lugares de lazer, e também de paquera em Salvador

Há um Guia construído pela prefeitura, secult, fundação gregório de mattos: "Guia do ócio" que é um rico guia de cultura, gastronomia, lazer e serviços em Salvador. 







Definições de "solteirice"

A definição de "solteirice" que tem sido construída pelos(as) participantes da pesquisa tem mostrado até o momento três dimensões interessantes: 
(Os nomes postados aqui são fictícios, para preservar a identidade dos/as participantes)

1) Solteirice como um estado civil, dito de quem não é casado (ou não está casado/a no momento. Muitas vezes esta definição se confunde com quem está ou não namorando)

  "Acho que ser solteiro é como um estado civil. Às vezes as pessoas que estão namorando dizem que estão casadas, mas ser solteiro é não ser casado, para mim. Ser solteiro é não ter ninguém" (Lucas, 46, pardo, heterossexual,baiano).


2) Solteirice como uma condição temporária (até que se case)

"Eu sempre digo, "estou solteira", porque eu posso encontrar alguém. Há sempre a possibilidade de encontrar alguém. Ninguém fica solteiro para sempre. As pessoas namoram, elas podem se casar".  (Aline,37 anos, branca, heterossexual, mineira)
     
Esta discussão envolve os desafios de encontrar a "pessoa ideal" ou o tipo de relacionamento "ideal".



 3) A solteirice é um estilo de vida

 "Nós, [solteiros] temos um jeito diferente de viver. Eu acho que o que a gente consome é diferente, você entende? Eu vejo que podemos fazer muitas coisas que as pessoas casadas não podem. Quando você está casado, você não faz o que quer por causa do seu filho, porque a prioridade é a família. Então, podemos fazer coisas diferentes das pessoas casadas" (Natália, 41 anos, parda, heterossexual, baiana)

"Se eu estou solteira por uma no ou mais eu começo a ser solteira. Ser solteira começa a se tornar uma entidade" (Carla, 32 anos, branca, heterosexual, baiana)
     
Nesta discussão, estilo de vida e identidade dialogam, constituindo um "jeito próprio" de ser e criando uma cultura de "ser ou viver solteiro/a"

Mais discussões sobre estas dimensões da solteirice serão desenvolvidas no estudo!     

sábado, 7 de maio de 2011

Notícias sobre "solteirice" desde Manchester

Como estou no momento fazendo o Doutorado Sanduíche na Universidade de Manchester, no Reino Unido, darei notícias do que andam pesquisando sobre "solteirice" por aqui, além de continuar informando sobre resultados da pesquisa.

Indicações de pesquisa sobre o tema no Reino Unido: 
Centre for Research on Families and Relationships: CRFR is a consortium research centre  based at The University of Edinburgh. CRFR produces, stimulates and disseminates

social research on families and relationships across the lifecourse.


quarta-feira, 16 de março de 2011

Definindo solteirice

"Solteirice" quer dizer ação ou dito próprio de indivíduo solteiro (segundo dicionário). Esta noção passa, então, pelo significado da palavra solteiro(a): aquele ou aquela que não se casou; celibatário(a); homem solteiro e mulher solteira. Em termos jurídicos, solteiro(a) se refere ao estado civil: não ser casado/a legalmente. No senso comum, é ampliada para situações contingenciais como a viuvez, o divórcio e a separação. Também se refere à mulher ou ao homem jovem que ainda não casaram, mas procuram um casamento; a “solteirona”, mulher de meia-idade que não se casou, ou o “solteirão”, o bom vivant; a mulher “encalhada” que queria casar, mas não encontrou o momento certo ou a pessoa ideal. Também são consideradas solteiras as pessoas que negam o envolvimento afetivo-sexual ou que fizeram votos de castidade por motivos religiosos; e as pessoas que moram sozinhas, com ou sem par. A noção de “solteirice” é recuperada também pelo conceito de estilo de vida, de que este tem a ver com uma maneira de ser ou estar no mundo, de fazer escolhas e viver a vida; é uma forma de vida (segundo estudo de Eliane Gonçalves, 2008, que procuro dialogar nas minhas pesquisas). 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Solteirice sem crise!

O tema "solteirice" foi retratado de forma positiva em reportagem de Ronney Argolo, no Correio da Bahia, no dia 13 de fevereiro de 2011. Colaborei com a reportagem juntamente com outros/as pesquisadores/as e estudiosos/as. Ronney traz depoimentos interessantes de mulheres solteiras na faixa etária dos 40 anos que vivem satisfeitas com esta condição!




terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Histórico da pesquisa

A pesquisa sobre "solteirice" é fruto de estudos que venho desenvolvendo desde o ano de 2002 sobre relações amorosas, relações de gênero e comportamentos de pessoas solteiras em Salvador.

O estudo atual do Doutorado começou oficialmente em 2008. Este utiliza uma abordagem mista com grupos focais, questionários e entrevistas de histórias de vida. Os/as participantes são homens e mulheres, adultos, de classe média, solteiros/as que moram sozinhos/as em Salvador, Bahia. A discussão sobre o tema é feita desde uma perspectiva de gênero e feminista, portanto, interdisciplinar.

A pesquisa está em construção e no momento os dados estão sendo construídos por meio de questionário auto-aplicável e quem tiver o perfil do estudo, pode encaminhar email para pesquisa.solteirice@gmail.com informando o interesse em participar.