quarta-feira, 24 de abril de 2013

Solteiros(as) desesperados(as)

Solteiros(as) desesperados(as):representações da solteirice na mídia em Salvador, é o título de um trabalho a ser apresentado na Mostra Científica na Faculdade Ruy Barbosa em Salvador, em maio de 2013, analisando a seguinte reportagem:

Video editado pela equipe. Fonte:
http://g1.globo.com/videos/bahia/bahia-meio-dia/t/edicoes/v/adriana-birolli-fala-sobre-espetaculo-manual-pratico-da-mulher-desesperada/2502482/



Resumo:  Esta comunicação visa apresentar o tema “solteirice na mídia”, que vem sido abordado no Programa de Experiência (PEX) “Estudo sobre estilo de vida de solteiros/as em Salvador”. Este programa agrega participação de estudantes de psicologia em iniciação científica, que colaboram para a construção de novos dados e análises a partir do estudo de tese sobre a “Solteirice em Salvador” defendida pela professora Darlane Andrade (no PPGNEIM/UFBA, em 2012). Dentre as atividades desenvolvidas neste PEX foi realizada análise de uma reportagem veiculada em telejornal local (Bahia Meio Dia, em 06/04/2013) sobre o tema da solteirice, com objetivo de discutir quais as representações sobre as pessoas solteiras estão sendo construídas. A metodologia utilizada foi a análise crítica do discurso, que colabora para um estudo detalhado do conteúdo referente ao material audiovisual, atentando para o contexto de produção do mesmo, bem como para as ideologias veiculadas. A discussão de gênero foi utilizada na análise, observando diferenças nas falas de homens e mulheres (entrevistados na reportagem) que relataram suas opiniões sobre a solteirice, bem como a forma com que o tema foi tratado pelo emissor (o material produzido pelo telejornal). Observamos que o discurso que prevaleceu neste material foi o do “desespero” de homens e mulheres sem par conjugal, o que carrega em si vestígios de representações heteronormativas que limitam a experiência da solteirice para a busca de parceiros/as. Essa imagem de “desespero” dos/as solteiros/as dialoga com perspectivas de estudos sobre gênero e mídia em que se tem observado um retorno à ideologia de um modelo de família tradicional que se contrapõe às práticas sociais no campo da intimidade, que, por sua vez, têm sido cada vez mais diversificadas. O olhar para a temática da solteirice e as suas representações na mídia colabora para reflexões dentro da psicologia acerca das produções de subjetividade e a necessidade de incluir o tema da diversidade dos modos de viver e de se relacionar no contexto urbano. Palavras- chave: solteirice, mídia, gênero, psicologia
Equipe: Felipe Melo Souza Santos, Juliana Meira Tanajura, Priscila Alcântara do Nascimento,Yanna  Nunes de Araújo, Bárbara Leal Oliveira, Maiane Santos Sauer, Keise Fernanda Aguiar Rocha de Souza - Estudantes de Psicologia da Faculdade Ruy Barbosa; Supervisora: Profa. Darlane Andrade







sexta-feira, 5 de abril de 2013

Escrever uma tese...

Escrever uma tese sobre a solteirice não foi somente um exercício acadêmico feito para atender as exigências necessárias para receber uma titulação. Escrever uma tese sobre a solteirice foi também um ato político e sobretudo um ato de amor. 


Um ato político pela relevância social do tema, que traçou críticas às normas sociais hegemônicas e deu visibilidade às práticas cotidianas que por muito tempo ficaram à margem da sociedade, estigmatizando e até patologizando quem não seguia a normativa do casamento. 

Escrever esta tese foi um ato de amor pela  produção do conhecimento, pela temática, por toda dinâmica que envolve estar envolta da vida acadêmica em uma Universidade pública e pelos encontros possíveis (e felizes) neste local. Sem amor, talvez eu não me dedicasse tanto e não tivesse força para superar os desafios e chegar a este final.

Deixo aqui registrado o momento de entrega das versões da tese que estará disponível nas bibliotecas da Universidade Federal da Bahia e em breve, na biblioteca virtual (postarei o link).





quarta-feira, 3 de abril de 2013

Get Quirky!

A norte americana Sasha Cagen escreveu o livro "Quirkyalone: A Manifest for Uncompromising Romantics" retratando o lado positivo de se estar sozinho/a, desde que a pessoa desfrute desta condição. Em seu blog, divulga reflexões, cursos, experiências de pessoas solteiras que adotam uma perspectiva positiva quanto à solteirice. De um modo interessante, por apontar críticas a obrigatoriedade de se estar em par/casal, promove a auto-satisfação e busca de relações afetivas mais espontâneas e que tragam também a satisfação de estar junto. 

No mês de fevereiro, quando se comemora o "Valentine´s Day", Sasha promoveu a construção de cartões que valorizem os solteiros e solteiras, e de todas as formas de relações. Também promoveu encontro de pessoas para compartilhar da alegria de estar solteiro/a. 


A iniciativa da autora de dar visibilidade à solteirice, no dia dos namorados tem ganhado adeptos nos Estados Unidos e em diversos países, contudo, no Brasil não  parece atingir a grande massa - porque para isso precisaria de um movimento muito maior - que recebe mensagens midiáticas cotidianas reforçando uma cultura (ainda hegemônica) de casais.

Espero que o movimento dos Quirky´s se espalhe e ganhe força para valorização das diversidades de modos de ser e de viver. Isto porque, nas práticas sociais, essa diversidade é realidade (!!!)

Para conhecer o trabalho de Sasha Cagen, visite site: http://sashacagen.com/