terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Morar só é uma das tendências para um futuro próximo


Rportagem da Isto É desta semana aponta tendências para um futuro próximo e dentre elas, morar sozinho, ganha destaque:


"1 - Morar Sozinho
Sozinho em um apartamento. Assim viverá grande parcela da população mundial nas próximas décadas, de acordo com os analistas de tendências. A largada foi dada pelos países mais ricos, em especial os localizados na península escandinava. Ali estão os três com mais moradores avulsos do mundo: Noruega, Finlândia e Dinamarca – em todos, mais de um terço das casas tem um só habitante. No Brasil, o fenômeno ainda desponta, mas com bastante vigor. Entre o censo de 2000 e o de 2010, o número total de moradias com um só habitante subiu 41%. Hoje são cerca de sete milhões de casas de sozinhos. A equação que explica o fenômeno, seja aqui, seja na Noruega, tem em sua base três fatores comuns. “São eles a estabilidade econômica, a independência feminina e a revolução da comunicação”, disse à ISTOÉ Eric Klinenberg, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “Vivendo Sozinho” (tradução livre, Editora Penguin, 2012). Nesse somatório, explica Klinenberg, cada elemento influencia a seu modo. O dinheiro é fundamental para pagar os custos, que são maiores. A independência feminina permitiu às mulheres bancar um estilo de vida independente, tornando-as parcela significativa dessa população. E os meios de comunicação facilitam a convivência, evitando que os sozinhos se tornem solitários." 


A reportagem ainda cita a praticidade do cotidiano das moradias mais compactas, dos alimentos com prazos de validade estendidos, o costume de ter diaristas substituindo as empregadas domésticas, o uso de formas de pagamento virtuais, a continuidade da presença das redes sociais para manutenção de relacionamentos, o envelhecimento e os cuidados com a saúde (que serão personalizados).



No estudo de tese sobre a "solteirice" em Salvador, estas tendências se mostram já presentes quando solteiros que moram sozinhos/as nesta capital apontam a presença da praticidade em suas rotinas e reformulam noções de que estar só significa ser solitário. Ao contrário. Assim como também discute Klinenberg e outros estudiosos e estudiosas da área, a vida de solteiro/a é recheada de encontros e contatos que são facilitados pelas tecnologias de comunicação.