quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quantos solteiros e solteiras temos em Salvador em 2010?

Continuo de olho nos dados do censo e finalmente encontrei os dados exatos sobre a solteirice em Salvador.

No último censo, de 2010, o número de solteiros(as) na capital baiana chega a 64,7% da população acima de 10 anos. O que equivale a 1.507.558 pessoas! Pena que o censo não faz uma divisão por grupo de idades (pelo menos nos dados que encontrei até agora).

Se somarmos o número de pessoas desquitadas (1,3%), divorciadas (3%) e viúvas (4,3%), a população sem par chega a 73,3%.

Fonte: http://www.censo2010.ibge.gov.br/apps/mapa/


Pessoa de 10 anos ou mais de idade, estado civilCasadoDesquitado ou separadojudicialmenteDivorciadoViúvoSolteiro26.8%64.7%

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

"Elas amam ser solteiras"

A reportagem da revista Marie Claire (em 01/11/12) trata dos aspectos positivos da solteirice, apontados por mulheres solteiras, independentes, vivendo em grandes cidades. Nos depoimentos, as solteiras endossam a liberdade de escolher o que querem fazer para o lazer, que tipo de relacionamentos querem ter e a preferência de muitas pela solteirice.


A socióloga norte americana Bella DePaulo é citada pela sua publicação que trata da solteirice voluntária: as solteiras de coração (single at heart), ou seja, aquelas que se identificam com a solteirice e a vivencia de forma intensa e criativa.



Quando se trata das mulheres solteiras, as reportagens, como esta, discutem as expectativas sobre o casamento, o foco que as mulheres dão à carreira, a questão dos filhos - do desejo ou não de terem filhos, ou, quem os tem e é mãe solteira.  E muitas vezes a condição de não casada (e/ou que não tem filhos) é posta com a ambiguidade da satisfação em estar solteira e adotar um estilo de vida interessante para si, e a cobrança pelo casamento e constituição de família que ainda se coloca como algo esperado socialmente -  e que pode gerar um sentimento de falta, como foi citado pelo psicanalista na reportagem.



Penso que essa ambiguidade talvez também esteja no olhar que o discurso social dá para a solteirice, que ainda não se desprendeu totalmente do seu oposto: o casamento, o que demanda a continuidade de reflexões sobre o tema que é muito mais complexo e vai muito além de um estado civil, como venho discutindo na minha tese.




Reportagem completa:
http://revistamarieclaire.globo.com/Revista/Common/0,,EMI320196-17737-1,00-ELAS+AMAM+SER+SOLTEIRAS.html