segunda-feira, 11 de julho de 2011

Dando voz à diversidade: estudo sobre pessoas solteiras de classes médias em Salvador

Verifiquei no site da UFBA e minha dissertação com a pesquisa sobre Solteirice, realizada em 2007 está disponível em versão online no seguinte link, para quem quiser ter acesso:


http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_arquivos/61/TDE-2011-01-19T080931Z-2106/Publico/Dissertacao%20Darlane%20Andradeseg.pdf

Resumo: Nesta dissertação interessou-nos aprofundar, desde uma perspectiva de gênero e de modo exploratório, em que medida o contexto de transformações globais que caracteriza a contemporaneidade estariam incidindo, influenciando ou impactando na configuração de novos estilos de vida, relacionamentos amorosos e identidades de pessoas solteiras de classes médias residentes em Salvador, na Bahia. O estudo utilizou uma abordagem qualitativa para analisar os dados colhidos através da combinação de instrumentos de entrevista, histórias de vida e observação de campo, em uma amostra de vinte pessoas com idades entre 23 e 46 anos, de diferentes orientações sexuais, naturais de Salvador e migrantes. Todos moram em bairros de classe média, são graduados e exercem atividade remunerada; quinze pessoas não têm parceiro/a fixo e cinco namoram. Os achados apontam para estilos de vida onde o trabalho é prioridade, busca-se em diversas atividades sociais o bem estar pessoal, havendo flexibilidade na rotina; estão conectados a redes sociais diversas onde as amizades têm uma função importante com valor equivalente aos familiares. Nas práticas e nas experiências relacionais, estão o “ficar”, o namoro e as relações mediadas pela internet, onde se encontram elementos como a velocidade, a descartabilidade, o individualismo, a autonomia, a flexibilidade nas relações de gênero, o rompimento com tradições do casamento, convivendo com crenças mais convencionais. As identidades tendem a ser flexíveis para mulheres “independentes”, “autônomas” e para os homossexuais, do que para os homens heterossexuais. A convivência entre antigos estereótipos e novas construções de gênero é possível na contemporaneidade, onde a diversidade é contemplada.


Palavras-chaves: relações de gênero, pessoas solteiras, identidade, contemporaneidade