terça-feira, 15 de agosto de 2017

15 de agosto, dia das solteiras e solteiros online

No dia 15 de agosto é comemorado o dia das pessoas solteiras. A origem da data é desconhecida, e mesmo se fosse, a celebração não teria destaque numa cultura onde a união afetiva entre duas pessoas é valorizada e celebrada pelo comércio como um dia para se dar e ganhar presentes. 

A solteirice como uma situação ou condição de quem está solteiro/a, faz parte do cotidiano de muitas pessoas que não se casaram por escolha ou por diversos outros motivos, e merece ser celebrado principalmente pelo seu significado estar atrelado à liberdade, de acordo estudos sobre o tema*. 

A solteirice vem sendo desvinculada à ideia de solidão, isolamento social, afetivo e sexual, e nas práticas sociais, solteiros e solteiras tem construído um estilo de vida diverso e movimentado! No campo do exercício da sexualidade, chama atenção a inclusão de dispositivos tecnológicos que facilitam a comunicação entre pessoa que buscam encontrar alguém para fazer amizade, ter encontro(s) sexual(is) casual(is), começar uma relação de namoro ou outro estilo de relacionamento. O tema vem sendo estudado no NEIM/UFBA, no projeto PIBIC: “A solteirice em estudo: o uso de aplicativos de paquera por solteiros/as em Salvador”.
                         
Neste estudo foram feitas observações nos aplicativos tinder, happn, grindr, e entrevistas com 126 pessoas adultas de diversas orientações sexuais. A metodologia utilizada no estudo será apresentada por Marcos Guedes e Aliane Lima, bolsistas PIBIC, na aula aberta da disciplina “Iniciação Científica aos Estudos de Gênero II”, ministrada pela profa Darlane Andrade, no Bacharelado em Estudos de Gênero e Diversidade/UFBA, no dia 16 de agosto, às 18:30h na sala 121 no PAF I/ Ondina.

Parte do estudo que trata dos dados das/os participantes LGBT foi apresentada por Marcos Guedes no evento “A Clandestinidade dos Afetos LGBTs”, no Conselho Regional de Psicologia da Bahia, em junho deste ano, e pode ser acessado online: 
                               
Esperamos que solteiras e solteiros desfrutem seu dia!

* Alguns estudos sobre o tema: ANDRADE, Darlane Silva Vieira. A “solteirice” em Salvador: desvelando práticas e sentidos entre adultos/as de classes médias. 2012, 312f. Salvador. Tese (Doutorado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo) - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2012.

ANDRADE, Darlane Silva Vieira. A solteirice na vida adulta: reflexões para estudos e atuação na psicologia. In: ANDRADE, Darlane, DOS SANTOS, Helena, DENEGA, Alessa (org.) Gênero na Psicologia: saberes e práticas. Salvador: Conselho Regional de Psicologia da Bahia, 2016. Disponível em: https://www.crp03.org.br/midia/genero-na-psicologia-saberes-e-praticas


GONÇALVES, Eliane. Vidas no singular: noções sobre “mulheres sós” no Brasil contemporâneo. Campinas, 2007, 275 f. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) - Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007. Disponível em: <http://www.agencia.fapesp.br/arquivos/vidas_no_singular.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2011.

GONÇALVES, Eliane. Nem só nem mal acompanhada: reinterpretando a “solidão” das “solteiras” na contemporaneidade. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, v. 15, n. 32, p. 189-216, jul./dez. 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ha/v15n32/v15n32a09.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2011.