segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

"Mulheres com instrução maior ficam mais solteiras"

"Mulheres com instrução maior ficam mais solteiras". Essa é a chamada do artigo no "Metro Brasil". A frase é baseada em um estudo do DIEESE, em São Paulo (2009) que aponta como as mulheres solteiras e sem filhos têm renda e formação/instrução maiores do que as casadas ou as separadas e com filhos. 

                                   

A desigualdade se dá em grande medida pela falta de apoio para as mulheres trabalhadoras no sentido delas terem suporte social e político que favoreça a conciliação da vida familiar com o investimento no trabalho. Em muitas empresas, por exemplo, as mulheres não contam com serviços de creche para auxiliar no cuidado com seus filhos e em casa, quando casadas, nem sempre encontram apoio do companheiro na divisão das tarefas domésticas.

Quanto às solteiras, independentes e bem em sucedidas, a permanência na vida só pode se dar justamente por terem mais vantagens para investir no trabalho e realizar escolhas diferentes e desvinculadas da vida familiar, o que não quer dizer que essas mulheres não tenham uma vida pessoal movimentada. Pelo contrário, a vida de solteira é construída em torno também de diversas relações que se estabelecem com amigos/as, familiares, além de  relações afetivo-sexuais. As dificuldades encontradas, no entanto, também existem, principalmente quando essas mulheres buscam um parceiro para se relacionar de forma estável, já que muitos são os homens que não sabem lidar essas "novas mulheres".

Vale a pena atentar para o fato de que vivemos em uma sociedade ainda machista e desigual, em que muitas e diversas mulheres não encontram terreno para serem plenamente realizadas. Essas reflexões estão sendo construídas no estudo de tese sobre "solteirice", que está em fase de análise de dados. 

Contato: pesquisa.solteirice@gmail.com


segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Continua aumentando número de pessoas que moram sozinhas no Brasil

Resultados  divulgados do censo 2010 mostram o aumento do número de domicílios unipessoais no país. Em 2000 este número representou 8,6% dos domicílios e no último censo, subiu para 12,1%, totalizando quase 7 milhões de pessoas residentes sozinhas no país.

A notícia tem sido veiculada na mídia, apontando algumas tendências: 

- Aumento do número de divórcios e separações
- As pessoas estão mais individualistas 
- Aumento do número de idosos/as no país
- Diminuição do número de membros da família brasileira

Jornal Nacional:

Cada Minuto/Alagoas


Outras tendências tem sido trazidos pelos/as participantes do estudo de tese sobre "Solteirice" em Salvador:

- Independência financeira e autonomia perante a família de origem
- Possibilidade de desfrutar da liberdade que inclui poder organizar a casa e a rotina conforme vontade pessoal
- A busca de privacidade
- Possibilidade de manter manias pessoais




Por que morar só e estar solteiro/a em Salvador?

No 16o. Encontro da Associação Brasileira de Psicologia Social realizado na Universidade Federal de Pernambuco, em Recife entre os dias 12 e 15 de novembro deste ano, foi apresentada análise preliminar do estudo de tese sobre a "solteirice" em Salvador. 

No Encontro foram discutidos os motivos declarados pelas pessoas por estarem sós - solteiras e morando sozinhas. Interessante observar como a liberdade atrelada a independência e autonomia que caracterizam a vida de solteiro/a para os/as participantes do estudo até o momento, caminha junto com a busca de uma "pessoal ideal" e uma "relação ideal". Mas, dizer que está só porque "não encontrou a pessoa certa" ou a "relação certa" é uma resposta dada porque é aceitável socialmente? E em que medida as pessoas estão dispostas a abrir mão da liberdade de uma vida só para se engajar em uma relação mais estável? 

Acesse o trabalho completo no link: 



Para conhecer mais sobre a Associação Brasileira de Psicologia Social, acesse:

www.abrapso.org.br



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Questionário online para participação em estudo de tese sobre a solteirice em Salvador

O questionário para participação na pesquisa está disponível aqui:

questionário


Participam da pesquisa homens e mulheres independente da orientação sexual, que atendam os seguintes critérios:
- ser solteiro(a), ou seja, não conviver maritalmente, pondendo já ter sido casado(a) formal ou informalmente, e pode ter namorado(a)
- ter idade mínima de 30 anos
- morar sozinho(a) em Salvador


Colaborem com a pesquisa!!


Mais informações aqui no blog e pelo email pesquisa.solteirice@gmail.com





domingo, 11 de setembro de 2011

Salvador, a capital da "solteirice"

Confiram um pequeno artigo que escrevi para o site Aldeia Nagô

http://www.aldeianago.com.br/content/view/5318/3/


Salvador, a capital da “solteirice”
por Darlane Andrade*


No último censo do IBGE (2000), Salvador foi apontada como a capital da "solteirice" do país, com cerca de 45% da população acima de 18 anos vivendo na condição de solteira. De lá para cá, algumas pesquisas têm procurado compreender a realidade das pessoas solteiras também em outras cidades do país. O que chama atenção não é somente o aumento do número de pessoas solteiras, mas também das que moram sozinhas e como esta combinação tem sido vista com bons olhos: não mais "ficaram para titia" nem estão vivendo uma vida solitária e infeliz. Pelo contrário, homens e mulheres adultos solteiros e que moram sozinhos vivem uma "solo life" movimentada pelas atividades de trabalho, lazer, pelos encontros com amigos e amigas e não deixam de ter uma vida afetiva e sexual ativa pelo fato de não estarem casados(as). Diversos e diferentes são agora os estilos de se relacionar e também de vivenciar a "solteirice", que vão depender do que cada pessoa elege para si, dentro das suas possibilidades.

A cidade tem ofertado uma série de serviços que favorecem as pessoas a levarem uma vida com praticidade, que é o que muitos solteiros e solteiras procuram, desde uma moradia que ofereça serviços diversos e necessários (lavanderia, boa área para prática de esporte e para lazer, etc.), até as lojas 24 horas e os locais de lazer propícios para pessoas de diferentes idades e estilos. Há quem reclame que na cidade em termos de vida noturna, não há tantos bares e boates para quem já passou dos 30 anos, o que em parte é uma verdade porque muitos destes locais são comumente freqüentados por pessoas mais jovens. No entanto, há diversas atividades culturais, alguns bares e boates onde costumam freqüentar adultos mais maduros, principalmente durante a semana. 

Não somente por Salvador ser uma cidade conhecida pelo Carnaval que já traz em si um clima de paquera e diversão para pessoas solteiras, mas por ter uma característica dinâmica que proporciona a convivência de diversos estilos de pessoas, tanto aquelas que vivem a vida de solteira "badalando" na noite, como as pessoas mais caseiras ou as que adoram viajar e viver diversas aventuras. E para conhecer e compreender diferentes modos de viver esta chamada "solteirice" nesta cidade, tenho feito uma pesquisa focando em adultos pertencentes à classe média baiana. 

A pesquisa está em andamento e para participar a pessoa deve ter idade mínima de 30 anos, ser solteiro(a), ou seja, não estar em uma relação de casamento (formal ou informal) e morar sozinho(a) em Salvador. Interessados(as) em participar e/ou indicar pessoas para o estudo, enviar email para pesquisa.solteirice@gmail.com Notícias sobre o andamento do estudo e  acesso a publicações sobre o tema no blog: solteirice-salvador.blogspot.com Colaborem para conhecermos mais sobre os modos de viver a "solteirice" em Salvador! 

(*) Psicóloga, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo na Universidade Federal da Bahia (PPGNEIM/UFBA). Contato:pesquisa.solteirice@gmail.com

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Por onde circulam os solteiros e as solteiras em Salvador?

"POR ONDE CIRCULAM OS SOLTEIROS E AS SOLTEIRAS EM SALVADOR? ESPAÇOS DE LAZER E SOCIABILIDADES NA CIDADE" . Este será o tema do trabalho da pesquisa sobre "solteirice" que será apresentado no dia 6 de setembro às 14hs no II Seminário Enlaçando Sexualidades - Direito, Relações Etnorraciais, Educação, Trabalho, Reprodução, Diversidade Sexual, Comunicação e Cultura. O seminário acontecerá no Centro de Convenções em Salvador, entre 4 a 6 de setembro. 

Mais informações no site: http://enlacandosexualidades.wordpress.com/


Confira a proposta da apresentação:

Esta apresentação traz reflexões a partir de resultados preliminares do estudo de doutorado sobre a “solteirice” na contemporaneidade que vem sido desenvolvido no PPGNEIM/UFBA desde o ano de 2008. O estudo adota uma perspectiva feminista, tendo, portanto, caráter interdisciplinar e utiliza gênero como a principal categoria de análise. A partir de uma abordagem combinada que utilizou grupos focais e questionários, trarei dados sobre modos de vivenciar a “solteirice” em uma amostra total de 38 pessoas de ambos os sexos, solteiros/as de diferentes orientações sexuais, adultas/os, de classe média que moram sozinhas/os em Salvador. O foco aqui será dado às principais atividades de lazer e formas de sociabilidade em espaços na cidade frequentados predominantemente por pessoas solteiras, atentando para as relações estabelecidas nestes espaços, assim como as proximidades e diferenças no que se refere aos marcadores de gênero, classe, idade/geração, orientação sexual e raça/etnia. Para tanto, além dos instrumentos utilizados, foram feitas observações em diferentes espaços de lazer na cidade, tais como bares, praias, diferentes espaços no Carnaval, shoppings e boates, referidos pelos/as participantes do estudo e pela literatura. Os resultados preliminares mostram aspectos das práticas de sociabilidade e modos de viver da classe média soteropolitana, as funções dos espaços de lazer em termos de manutenção de relações de amizade e exercício da sexualidade em encontros amorosos fortuitos e/ou a busca de relações mais estáveis para os/as solteiros/as, as performances de gênero nestes espaços e dentre outras questões, as segregações visíveis nos espaços que dividem pessoas solteiras e casadas, heteros e LGBTT, pessoas jovens e maduras/os, negros/as e brancos/as, que no movimento de ocupação dos espaços, constroem territórios próprios e criam códigos de sociabilidade.




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MAIS NOTÍCIAS SOBRE CIRCUITOS DE SOLTEIROS/AS EM SALVADOR

Para saber mais onde circulam pessoas solteiras na cidade, indico o site do ALDEIA NAGÔ, onde são divulgadas notícias sobre o que acontece na cena cultural de Salvador como destaque para os circuitos alternativos!



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A PESQUISA CONTINUA!!!!

No momento estamos colhendo mais dados sobre modos de viver a "solteirice" na cidade, utilizando questionários. Interessados(as) em colaborar, enviar email para pesquisa.solteirice@gmail.com

Obrigada!





sábado, 20 de agosto de 2011

Retratos da "solteirice"

No dia 15 de agosto, a uol publicou fotos que retratam a "solteirice" no país! Foram várias as pessoas - inclusive eu! - que enviaram retratos do que consideram expressar sua condição de solteiro(a). 

As fotos mostram representações positivas da "solteirice" no país para homens e mulheres de diferentes idades e diferentes regiões do Brasil. Liberdade para poder viajar, ter independência, frequentar festas, se divertir, se sentir livre, poderoso/a e feliz são algumas das principais representações trazidas também nas frases que os/as internautas postaram.

"Marcio Chamlet, de 40 anos, é morador de São Paulo e diz: "Sou solteiro, mas sou feliz"

"Magali Cunha Machado diz que sua felicidade não está nas mãos de ninguém e, por isso, mesmo solteira ela é feliz. Ela tem 48 anos e mora em São Roque (SP)"

"É bom ficar soltinha", diz Mariane Suzarte, 28 anos, de Feira de Santana (BA)"

"Kelvin Alves do Nascimento mandou uma foto de um beijo. "Para provar que estar solteiro é bom e às vezes muito divertido", diz"




Confiram as fotos e frases no link:


http://estilo.uol.com.br/album/dia_do_solteiro2011_album.htm#fotoNav=67